Romero Jucá: conheça meu trabalho por Roraima

Pelo desenvolvimento de Roraima

Roraima é um estado de oportunidades, com muitos recursos naturais e gente trabalhadora que veio de todos os lugares do Brasil. E nesses anos, eu fiz muito pelo desenvolvimento de Roraima

 

Quando cheguei no Estado, para ser Governador, em 17 de setembro de 1988, vi muitas oportunidades. Porém, também havia muitos desafios.

 

E por isso, me dediquei a trabalhar pelo desenvolvimento de Roraima. Meu sonho é ver o Estado crescer forte e com condições dignas para todos.

 

O Estado tinha barreiras graves que precisavam de soluções. E, como tudo era novo, listei quatro pontos básicos: a energia, a logística bem como, legalizar as terras e a produção.

 

Pelo Desenvolvimento de Roraima: a energia

 

Na energia, o problema era grave. O Estado gerava e distribuía eletricidade com a Companhia Energética de Roraima (CERR). No entanto, sem a mínima condição. Prova disso, é que a população sofria com a falta de luz e o serviço era caro para o Estado.

 

Por isso, busquei recursos com a União e dessa forma, Roraima ganhou uma unidade da Eletronorte. A empresa fez investimentos, inclusive para o Linhão de Guri, que trazia a energia da Venezuela.

 

E foi assim então, que Roraima teve energia até 2018, quando a crise na Venezuela causou uma série de apagões. Para acabar com esse problema, o Brasil deixou de comprar a energia de Guri.

 

Nesse ínterim, a energia de Roraima passou a se térmica. E foi a Eletronorte que instalou o parque que gera a energia hoje para todo o Estado.

 

A Eletronorte, junto com a Alupar é ainda, a responsável pela obra do Linhão de Tucuruí. E eu trabalhei muito por essa obra. Fui eu que consegui os recursos para ligar Roraima ao Linhão.

 

A previsão era terminar a obra em 2016. Contudo, até hoje ela não andou tanto por questões ambientais, quanto indígenas. Assim, é mentira que Roraima espera por essa obra há 30 anos.

 

E eu explico: o linhão só chegou em Manaus, em 2014. Portanto, antes disso, não tinha como a linha vir até Roraima.

 

Mas, a obra tem que seguir. Porque ela garante a energia para o Estado. E isso é desenvolvimento para Roraima. Portanto, eu cobro o Linhão.

 

Pelo desenvolvimento de Roraima: a logística

 

A localização de Roraima torna a distribuição de produtos difícil. Até sair do Estado de avião é caro. Porém, há uma vantagem estratégica: estamos mais perto da Guiana.

 

A Guiana passa por mudanças com a descoberta de fontes de petróleo. E tem muita gente de olho nisso. Logo, o dinheiro vai chegar.

 

A Guiana também é a rota mais curta para os mercados internacionais. E se a vocação de Roraima é produzir alimentos, o caminho para que eles cheguem no exterior, é por esse país.

 

Então, como Governador e Senador busquei essa parceria. Falei com vários presidentes do país vizinho e defendo assim, uma estrada que ligue os dois países. Avançamos com o presidente Michel Temer, mas as mudanças políticas na Guiana atrasaram as discussões.

 

Essa estrada é a chave para o desenvolvimento de Roraima. Por ela, vamos chegar à população do Caribe, que compra muito mas, produz pouco.

 

E, juntamente com a estrada da Guiana, ajudei a criar as nossas Área de Livre Comércio. Desta forma, as empresas locais têm facilidades para crescer de forma competitiva. Ou seja, é mais um ganho para a nossa economia.

 

Além disso, avançamos com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Boa Vista. E a ideia é ter normas iguais às da Zona Franca de Manaus. Assim, a ZPE completa o projeto da estrada até a Guiana.

 

Eu defendo essas ações que vão melhorar a economia de Roraima, aumentar a produção e gerar muitos empregos.

 

A Legalização da Terras e a produção

 

As terras do Ex-Território pertenciam à União. Quem cuidava dessas áreas era o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Secretaria do patrimônio da união (SPU).

 

Era, portanto, urgente que o Estado tivesse a posse dessa área. Até porque, sem regularização fundiária não há produção.

 

A primeira vitória veio em 2009. Como líder do Governo, eu consegui aprovar a MP 454. E assim, com aval do presidente Lula, mais de seis milhões de hectares de terra foram transferidos da União para o Estado.

 

Os governos anteriores e o atual entregaram alguns títulos definitivos. No entanto, isso é feito de forma lenta e não atende as necessidades dos produtores rurais.

 

A cobrança pela regularização das terras tem que seguir. É necessário para o desenvolvimento de Roraima. Além disso, quem tem direito, deve receber o título da sua terra.

 

Isso representa novos empregos, mais investimentos e mais dinheiro circulando na economia.

 

Como podemos perceber, o Estado tem plenas condições de se sustentar economicamente por meio do desenvolvimento de suas principais potencialidades. Infelizmente, faltou visão econômica e gestão governamental para chegarmos aos resultados desejados. Mas ainda há tempo para mudar e avançar em direção a um futuro melhor.