O Linhão de Tucuruí é considerado uma obra importante para o desenvolvimento econômico de Roraima. Romero Jucá, ex-senador de Roraima, sabe disso e, portanto, sempre trabalhou para que o Estado tenha uma fonte de energia segura.
Porém, recentemente, uma nova decisão pode atrasar ainda mais a obra. Isso porque, a Justiça do Distrito Federal anulou o contrato da concessionária Transnorte Energia S.A com o Governo Federal para construir o Linhão de Tucuruí.
Além disso, o texto também diz que a União tem que pagar os prejuízos que a empresa teve com obras nos últimos nove anos. A Transnorte esperou mais de quatro anos para resolver a licença ambiental.
Conforme Jucá, a empresa assinou o contrato em 2012. Contudo em 2015, pediu a rescisão e a resposta só veio agora. O ex-senador diz que o pedido não anula o contrato e que o Governo Federal ainda pode recorrer. Por outro lado, gera atrasos.
“É importante dizer que a Justiça cancelou o contrato. Ou seja, o Governo Federal pode se quiser, recorrer. Mas, de qualquer maneira é mais demora. E nem a questão do meio ambiente ou indígena estão resolvidos. Então, é preciso dizer quando a obra vai começar”.
Neste ínterim, o ex-senador de Roraima buscou alternativas. Partiu de Jucá a ideia de dividir a Licença Ambiental em duas partes. Desta forma, a obra partia de Boa Vista para Manaus, com tempo para a solução na justiça.
Porém, até isso a Justiça negou. A União reconheceu o Linhão de Tucuruí como obra de interesse nacional, mas não resolveu o problema com os índios e as questões ambientais . A obra segue parada.
Linhão: Energia Confiável
Primeiramente, é preciso entender o Linhão de Tucuruí. Desde 2009, a Venezuela vive um cenário de crise energética que se agravou nos últimos anos, prejudicando Roraima.
Desta forma, Roraima sofreu com os vários apagões. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2018 e 2020, foram registrados 127 blecautes.
Apenas em 2018, foram 83 apagões, a maioria no período eleitoral. Em contrapartida, em 2019, foram 37 apagões. E até novembro de 2020, apenas sete. Neste período, a energia já vinha das térmicas.
Portanto, esta fonte de energia resolveu o problema e garantiu a energia para o Estado. Do contrário, Roraima não teria luz.
“Sem a energia de Guri e sem o Linhão de Tucuruí, Roraima corria risco de viver uma crise de energia. Se não fosse esse parque de geração térmica, Roraima estaria no escuro. Mas, os senadores que me atacaram, que inventaram mentiras, passado dois anos e quatro meses, não conseguiram fazer nada. O que vai se fazer aí, é trocar uma geradora, uma termoelétrica por outra termoelétrica”, disse Jucá.
O destaque do ex-senador de Roraima é sobre as empresas de energia renovável que ganharam o leilão em 2019. Mesmo usando outras fontes, todas trabalham com a geração térmica.
“Sempre torci e trabalhei para que o Linhão de Tucuruí fosse feito. Não é porque não sou senador que que não quero ver os outros senadores resolverem. O problema é que eles não têm prestígio. E nós queremos energia para Roraima”, finalizou.
Fake News do Linhão de Tucuruí
Além de tratar sobre a importância do Linhão de Tucuruí para Roraima, Jucá lembrou as acusações que sofreu na campanha eleitoral de 2018. O ex-senador classifica a questão como uma grande fake news.
“Nas eleições de 2018, eu fui acusado de querer atrapalhar a construção do Linhão de Tucuruí. Foram muitas mentiras que surgiram. Que eu era dono da Boa Vista Energia e que eu era das termelétricas. Tudo isso foi muito forte e muita gente acreditou. Eu pedi a eleição por 420 votos”, disse.
Para resolver a questão, Jucá solicitou a criação da CPI da Energia na Assembleia Legislativa. Um dos pontos que o grupo ajudou a esclarecer é que ele não possui nenhuma relação com a empresa.
Do mesmo modo foi explicado que, apesar de ser uma fonte cara, o preço da geração térmica é pago por todos os consumidores brasileiros. Porém, outros pontos ainda precisam ser mais divulgados, como o valor da tarifa.
Muita gente acredita que Roraima paga a energia mais cara do Brasil, mas isso não procede. Para saber mais, é só acessar o Relatório de Ranking das Tarifas no site da ANEEL.