Romero Jucá: conheça meu trabalho por Roraima

Roraima é o Estado brasileiro com a maior população indígena do país. Os dados são do IBGE e foram divulgados em 2021. Segundo o órgão, o Estado tem cerca de 631 mil habitantes, sendo que mais de 50 mil pessoas disseram ser indígenas. E neste cenário, o gado gera renda para os povos indígenas de Roraima.

A tradição de criar gado começou em 1970, a partir do contato entre os índios e não-índios nas fazendas do Estado. Com as demarcações de terras indígenas, as áreas que antes eram fazendas, viraram as comunidades. 

Gado gera renda para as comunidades
O gado virou renda para os povos indígenas de Roraima

Assim, os índios que cuidavam dos bovinos, ficaram com mais espaço. E, assim então, o gado gera renda para os povos indígenas de Roraima. Contudo, eles também precisam de apoio. 

E por isso, o presidente do MDB de Roraima, Romero Jucá, investiu junto com o deputado federal Edio Lopes, no projeto de Bovinocultura Indígena. Desta forma, eles levaram mais de 10 mil animais para todas as comunidades do Estado. 

“Com a ação, atendemos a todos os povos indígenas do Estado que criam gado. Assim, melhoramos a renda das famílias, bem como, a sua autonomia. E hoje, os nossos povos indígenas colaboram com a economia”.

O projeto de gado gera renda e melhora a genética do rebanho

O deputado federal Edio Lopes, lembrou que o projeto do gado também ajudou a melhorar a genética dos animais. Com isso, as comunidades gastam menos e têm melhores resultados. “Com esses animais, temos um novo rebanho mais resistente e que se desenvolve melhor em Roraima”. 

Criação de gado nas comunidades indígenas
O Tuxaua Leandro comprou um carro para a comunidade

Em Alto Alegre, por exemplo, o gado da comunidade Raimundão passou de 46 para mais de 160 animais. E com o dinheiro que veio da criação, eles compraram um carro, conforme disse o Tuxaua Leandro Guilherme.

“O gado trouxe a melhoria de vida para as nossas famílias. Então, é muito bom ter o sustento na hora que a gente mais precisa. Por isso, o gado nos ajuda muito”.

De Norte a Sul: o gado chegou em todo o lugar

Pelo seu alcance, o projeto de bovinocultura de Roraima é a maior iniciativa de geração de renda para os povos indígenas do país. A ação chegou em todos os municípios do Estado com comunidades indígenas. 

Assim, no Sul do Estado, os Wai- Wai que moram entre os municípios de Baliza e São Luiz ganharam 100 animais. Da mesma forma, o projeto chegou ao Uiramutã, na Região Norte, que tem mais de 80% dos índios do Estado. 

Segundo o líder comunitário e ex- prefeito do município, Manuel Araújo, o Dedel, a qualidade do projeto trouxe mais renda para todos. “Esse projeto ficou na memória dos nossos povos. Porque todas as organizações se envolveram e assim, fizeram a divisão do projeto. Então, o gado chegou para todas as comunidades”. 

E para trazer mais resultados, a Funai deu o apoio técnico ao projeto por um ano. Nesse período, o objetivo foi multiplicar o rebanho. Por isso, nenhum animal podia ser vendido ou abatido. 

Ex-prefeito Dedel na entrega de gado em Uiramutã
Mais de 2 mil animais foram entregues em Uiramutã

Além disso, as comunidades ganharam os insumos e as vacinas para cuidar da saúde dos animais nesta fase inicial. O kit tinha as seringas, as agulhas, os medicamentos e até o arame para montar os currais.

Segundo os dados da Agência de Defesa Animal de Roraima, a ADERR, o Estado tem mais de 50 mil cabeças de gado apenas com os indígenas. E para Romero Jucá, o projeto ajudou a pecuária do Estado a crescer. 

“Hoje, os índios têm uma fonte de renda e uma atividade econômica. Isso é importante para que eles tenham a sua independência. E para que, acima de tudo, tenham mais qualidade de vida”.