Por que temos que ter mais mulheres na política? Historicamente, as mulheres só conquistaram direitos sociais e políticos depois dos homens. Basta lembrar que no Brasil, por exemplo, elas ganharam o direito ao voto só a partir de 1932.
Assim, o país teve que criar leis para assegurar o espaço das mulheres na política. Assim, surgiram regras como a lei de cotas, que garante pelo menos 30% das vagas nas chapas eleitorais para elas.
Porém, o grande desafio ainda é incentivar a participação delas na política. Porque é preciso dedicar tempo e até os recursos financeiros em uma campanha ou em um mandato. Por isso, a sub- representação das mulheres na política nacional é um reflexo da sua condição social.
Elas são as principais responsáveis pelas tarefas domésticas e, da mesma forma, pelo trabalho de cuidados. Elas também ganham menos que os homens. Porém, os cientistas políticos são unânimes ao dizer que, quando as mulheres estão na política, a democracia fica mais forte.
Mulheres na política: o Brasil tem que avançar
Conforme o ranking da Inter-Parliamentary Union, entre os parlamentos de 193 países, o Brasil está na 113a. posição em relação à representatividade das mulheres. Em 2022, houve um avanço na Câmara Federal. O Brasil elegeu 91 deputadas. Um aumento de 18% em relação a 2018. Hoje, o país tem 15 senadoras em exercício.
Considerando o cenário local, os números mostram que a participação delas na política ainda é muito tímida. Segundo os dados do Observatório Nacional da Mulher na Política, elas ocuparam só 23 das 157 vagas para o cargo de vereadores das eleições de 2020 em todo o Estado.
Na Câmara Municipal de Boa Vista, a maior do Estado, elas ocupam apenas três das 24 cadeiras. E só quatro dos 15 municípios têm mulheres prefeitas. O Estado elegeu ainda duas vice- prefeitas em 2020.
Na Assembleia Legislativa, das 24 cadeiras, só cinco são ocupadas por elas. O mesmo acontece na bancada federal, onde temos só uma mulher entre os deputados federais e os senadores.
O MDB quer elas na política
O MDB é um grande incentivador da participação das mulheres na política. Nas últimas eleições municipais, nós investimos mais que os 30% obrigatórios dos recursos do Fundo Eleitoral em candidatas mulheres. Além disso, no MDB, 30% das vagas nas Executivas municipais, nas estaduais e na Nacional são delas.
Já nas eleições de 2022, nós tivemos Simone Tebet como a nossa candidata na disputa para a presidência do país. Ela ficou em terceiro lugar e hoje, é a Ministra do Planejamento. O MDB ainda elegeu duas vice- governadoras, 11 deputadas estaduais e mais 9 federais.
E para estas eleições, nós seguimos com o compromisso de ter mais mulheres na política. Por isso, temos os cursos de formação específicos na Fundação Ulysses Guimarães, além do suporte para as pré- candidatas com ferramentas como o mapa do voto.
O Dia 8 de Março representa a luta delas pela conquista de direitos e da igualdade social. E a política também é uma ferramenta com a qual as mulheres devem lutar por mais conquistas. No MDB, o espaço está aberto para ela. Porque o MDB é a nossa voz.