Há bastante tempo que tenho me manifestado com clareza, sobre esse drama que se abateu sobre Roraima, que é a imigração. Um movimento que se iniciou timidamente, ainda em meados de 2014 e que se agravou pelas condições precárias em que se encontra a Venezuela hoje.
Lá, a população está abandonada e isso causou um grande êxodo com milhares de famílias venezuelanas buscando condições de sobrevivência em outros países da América do Sul.
Roraima por ser uma fronteira seca e de fácil acesso, se tornou o epicentro desse drama humanitário, que se tornou grave para o nosso Estado também, pelas nossas dificuldades econômicas, urbanas e de serviços públicos.
Nosso Estado tem cerca de 600 mil habitantes. A Venezuela mais de dois milhões! Um país não cabe dentro do nosso pequeno Estado. Não se trata de ignorar o drama dos imigrantes que deixaram seus parentes, amigos e tudo que tinham para trás, para tentar salvar suas vidas e recomeçar.
Mas, Roraima não consegue dar conta dessa enorme tarefa. Precisa da ajuda de todo o Brasil e precisa também disciplinar e controlar o acesso dos imigrantes, para que a situação social dos roraimenses não se agrave ainda mais.
Defendo o controle o fechamento da fronteira quando necessário para dosar o ingresso de imigrantes, conforme a capacidade de atendimento que temos em Roraima. Essa é a solução para manter uma oferta satisfatória de serviços públicos para os brasileiros e para os imigrantes.
Com a saída de alguns para outros lugares, novos imigrantes teriam a condição de ser atendidos em Roraima. Assim, seria feito o controle desse fluxo sem penalizar a população do nosso Estado.
É importante que se ressalte que, o controle da imigração não representa o fechamento da fronteira para vendas, atividades econômicas e de trânsito. Também nesse modelo, não estaríamos infringindo acordos internacionais.
A Alemanha, a Itália e outros países já estão agindo assim. É fundamental que possamos discutir tudo isso agora, enquanto a fronteira permanece fechada devido à pandemia do covid-19.
Devemos aprovar a lei que eu crie e apresentei no Senado Federal, quem sabe até melhorar seus dispositivos. Mais uma vez, é preciso ação rápida e responsável da nossa bancada federal e do Governo do Estado. O tempo para Roraima está passando.