Romero Jucá: conheça meu trabalho por Roraima

Desde 2017, a crise migratória em Roraima é um desafio. Ela tem causa nos problemas sociais, políticos e econômicos da Venezuela. Assim, todos os dias, centenas de venezuelanos vêm para o Brasil. E a maioria fica em Roraima.

A fronteira estava fechada para evitar a covid-19. Mas, foi aberta em junho deste ano. A medida piorou a crise migratória em Roraima. Desde então, mais de 30 mil venezuelanos passaram no posto de triagem da Operação Acolhida, que fica em Pacaraima.

Venezuelanos nas ruas de Pacaraima em Roraima
Muitos venezuelanos vivem nas ruas

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), em agosto deste ano, 5.869 mil venezuelanos estavam fora dos abrigos. A OIM mapeou 31 ocupações, além das pessoas em situação de rua. Por outro lado, a Operação Acolhida atende a 7.944 venezuelanos em 14 abrigos em Roraima.

Portanto, os números provam que um país inteiro não cabe dentro de um Estado. O Brasil faz parte de acordos internacionais. Por isso, fechar a fronteira não é viável. Mas, eu defendo o controle na fronteira. E isso é possível!

Crise Migratória em Roraima: Estados devem dizer quantas pessoas podem receber

Para enfrentar o problema, eu pesquisei as experiências de outros países que também passaram por isso. Assim, fiz o projeto de lei 408/2018, que muda a Lei de Migração. 

Venezuelanos em abrigo da Operação Acolhida de Roraima
O desafio é atender os migrantes e os brasileiros com qualidade

A minha proposta é simples: são os Estados brasileiros que vão dizer, a partir da sua capacidade de serviços públicos, quantas pessoas podem receber e atender com qualidade. Além disso, o meu projeto também diz que os culpados por crimes, serão expulsos do país. Isso traz mais segurança para a população de Roraima.

O meu projeto já está no Senado Federal, porém a Casa ainda não colocou em pauta. Mas, é urgente que isso aconteça. E, antes que os problemas sociais de Roraima e de outros Estados que recebem os venezuelanos, piore. 

A solução é controlar a entrada de pessoas dentro do que cada Estado pode receber. Assim, o Brasil vai cumprir o seu dever humanitário, com o planejamento e a qualidade necessária. E, acima de tudo, sem prejudicar os próprios brasileiros.

Romero Jucá