A Usina Termelétrica Jaguatirica II começa a funcionar nesta quarta-feira (29). Ela é uma das que foi autorizada pelo Governo Federal para ampliar a geração de energia em Roraima. Desta forma, o Estado terá mais nove empreendimentos do tipo.
A Usina de Jaguatirica II, por exemplo, usa o gás natural como fonte e tem 126 megawatts de capacidade. Assim, vai reforçar a geração térmica que hoje é feita em Roraima.
O presidente do MDB estadual, Romero Jucá, falou sobre a importância da energia para o crescimento do Estado. Além disso, ele agradeceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
“A energia é base para o desenvolvimento de qualquer lugar. E Roraima teve problemas com a crise da Venezuela que afetou Guri. E além disso, as decisões da justiça pararam a obra de Tucuruí. Portanto, sem as termelétricas, o Estado ficaria no escuro”.
De acordo com Romero Jucá, as usinas são importantes neste momento. Porém, ele diz que o Linhão de Tucuruí é a solução definitiva para o Estado.
“As térmicas são necessárias e vão servir mesmo após o Linhão, como o sistema de emergência. Contudo, o Linhão de Tucuruí é a solução para a energia do nosso Estado”.
Jaguatirica II: saiba de onde vem a energia de Roraima
Na época em que Romero Jucá foi governador de Roraima, ele ajudou a implantar a Eletronorte. Essa empresa levou a energia para todos os municípios. Ele também levou os motores a diesel para os locais distantes, como o Baixo Rio Branco.
No entanto, com o crescimento do Estado, o Governo Federal decidiu comprar a energia da Venezuela. Assim, em 2001 foi inaugurado o Linhão de Guri. Ele abasteceu o Estado por 18 anos.
A crise da energia na Venezuela começou em 2009. E em seguida, Romero Jucá que era senador, garantiu os recursos para a obra de Tucuruí. Desta forma, o Estado teria a energia via a linha que passa por Manaus.
Então, a Linha de Tucuruí foi licitada em 2011 e deveria funcionar em 2015. Porém, decisões da justiça atrasaram a obra. Nesse meio tempo, a crise na Venezuela ficou mais grave e afetou a energia do Estado.
Por isso, em 2019, o Governo Federal decidiu que as termelétricas fariam toda a geração de energia local. Para se ter uma ideia, em 2018, o Estado teve 87 apagões. Em 2019, caiu para 37 e até novembro de 2020, foram só sete.
Portanto, são as térmicas que garantem a energia local. E devem seguir até que a obra de Tucuruí seja entregue. O Governo Federal avançou nas negociações. No entanto, a obra só deve começar em 2022.
Mais Energia para Roraima
Esse atraso fez o Governo Federal buscar novas fontes de energia para Roraima. Assim, em 2019, foi feito o Leilão de Energia Renovável. E parte das soluções são termelétricas.
Saiba mais:
- Azulão: é a Usina Termelétrica Jaguatirica II e usa o gás natural. Fica na região do Bom Intento, em Boa Vista
- Uniagro: terá quatro usinas de biomassa com a madeira de acácia. Uma delas é a Jacitara que fica na BR 174, sentido Norte
- Enerplan: vai usar o biocombustível e a energia solar. A sede é em Rorainópolis
- BFF: usa a biomassa e o biocombustível da palma do dendê. A sede fica em São João da Baliza
- Oliveira Energia: vai ampliar em 42,2 MW a geração da energia térmica com o diesel. A sede fica em Boa Vista